Incorporação imobiliária investe em autossuficiência energética para gerar economia e respeitar metas globais

Incorporação imobiliária investe em autossuficiência energética para gerar economia e respeitar metas globais

8 de outubro de 2020

Conter o aquecimento do planeta abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais e, se possível, limitar a 1,5° C. Esse é o compromisso firmado pelos 197 países signatários do Acordo de Paris, em dezembro de 2015, que prevê ainda a definição de metas nacionais voluntárias a serem renovadas a cada cinco anos.

O Brasil é um dos signatários do Acordo de Paris, com uma meta ambiciosa: reduzir as emissões de gases-estufa em 37% até 2025 em relação aos níveis de 2005 e, se possível, reduzir em até 43% até 2030.

A construção civil tem um importante papel nessa força-tarefa mundial. Segundo dados do GBC Brasil, os edifícios são responsáveis por 39% das emissões globais de carbono relacionadas à energia. Para se ter uma ideia, o volume de emissões é maior do que o setor de transportes.

A questão climática é ainda mais grave no Sul do país, que passa por uma das piores crises hídricas de sua história. O uso de energia limpa nos edifícios é a principal ferramenta para a construção civil ajudar o país a atingir as metas do Acordo de Paris, que prevê a descarbonização total até 2050.

Diante desse contexto, o diretor de engenharia da Swell Construções, Thiago Pissetti, defende a urgência em incorporar a sustentabilidade nos novos projetos imobiliários. “Apesar de ainda ser um investimento alto na incorporação de edifícios residenciais, a autossuficiência energética é uma providência urgente a ser tomada pelos empreendedores”, opina.

Por isso, a incorporadora que atua no segmento de edifícios de alto padrão e luxo em Curitiba, incorporou em definitivo eficiência e sustentabilidade em seu portfólio de empreendimentos: a partir do Mirage Silva Jardim – lançamento da Swell a poucos passos da Praça do Japão, em Curitiba, previsto ainda para esse ano – todos os edifícios residenciais da empresa vão produzir 100% da energia necessária para a demanda de consumo da área comum, por meio de placas fotovoltaicas.

Pissetti diz que o sistema será dimensionado em função do tamanho do condomínio e a autossuficiência de energia nas áreas de lazer se dará pelo desempenho medido em 12 meses. “Esse abastecimento varia mensalmente, pois depende do consumo do condomínio e da geração de energia. Nos meses de maior geração, a concessionária vai gerar créditos para o condomínio, compensando os meses de menor geração, e ao fim do ano, toda a demanda será atendida pelos paineis solares, gerando economia aos moradores”, explica.

No Mirage Silva Jardim, 1º empreendimento da Swell em Curitiba a incorporar o sistema para atendimento de 100% da área comum, será instalado um painel fotovoltaico com 18 placas solares de 1,05 x 1,95 metro, com capacidade de geração média de 600 kWh/mês.

O sistema vai resultar numa economia anual média de R$ 7.200,00 em energia para o condomínio. “Em 10 anos de funcionamento do sistema fotovoltaico, o valor economizado será suficiente para o condomínio realizar a manutenção da fachada e outros serviços preventivos”, exemplifica Pissetti.

A incorporadora já havia lançado um projeto-piloto de eficiência energética a partir do sistema fotovoltaico, exclusivamente para pré-aquecimento de água, no Ucrânia Champagnat Residence, edifício em frente à Praça da Ucrânia no Mercês, em Curitiba, entregue em 2015. “O resultado foi surpreendente. A geração de energia foi superior à esperada”, comenta Pissetti.

O diretor de engenharia da Swell diz que ainda há dificuldade para a implantação de sistemas como esse na incorporação imobiliária, em virtude da maturidade dos processos construtivos, mas que, apesar disso, é preciso inovar.

“A inovação no mercado imobiliário se dá a passos pequenos, mas é importante estar sempre em movimento. Esse é mais um passo da Swell Construções em direção à inovação, tecnologia e sustentabilidade, trazendo um benefício para o morador e reduzindo o impacto da construção civil na comunidade e no meio ambiente”, destaca Pissetti.